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Manutenção de Pitão real (Python regius)
por Cristóvão Cardoso

Introdução: As Pitão bola, são das serpentes mais belas e fáceis de manter em cativeiro de todo o mundo, podemos encontrar hoje em dia variadíssimas mutações com cores e padrões diferentes devido a cruzamentos e refinamentos genéticos, sendo possível ter uma a um preço acessível.

Distribuição geográfica: Estas serpentes são originarias de África, mais concretamente Benin, Toga e Ghana.

Nome cientifico: Python regius

Esperança de vida: 25 anos ou mais.

Tamanho: 1-1,5 metros, podendo haver variações (as fêmeas geralmente são maiores e mais pesadas que os machos).

Dieta: Enquanto bebés devem comer ratos desmamados ou ratazanas primeiro pelo. Um exemplar a cada 5 a 7 dias será mais que bom. Ir aumentando o tamanho do rato á medida que a cobra vai crescendo é essencial, devemos dar um rato com 1,5vezes a parte mais grossa da cobra, ou então um rato que pese 10% a 20% do peso da cobra. Com a cobra já com algum tamanho (1ano de idade +-) devemos alimentar apenas uma vez por semana e quando a cobra for adulta de 10 em 10dias ou de duas em duas semanas deverá ser suficiente. A alimentação base de uma adulta são ratazanas domésticas.
Estas serpentes podem fazer greves de fome, pelo que o dono não deve ficar preocupado se ficar uns meses sem comer.

Temperamento: Normalmente são animais calmos e de fácil manuseio, podendo ser mais ariscas enquanto bebés (raro). Raramente mordem e não são venenosas nem a mordida é muito dolorosa. Não deve ser mantido mais que um animal no mesmo terrário por possibilidade de canibalismo (apesar de raríssimo), entre outros factores como território, stress, doenças, etc.

Iluminação: Sendo animais nocturnos vão ser mais activos ao anoitecer. Basta uma lâmpada normal ligada 12 horas por dia para fazer o ciclo dia-noite, isto se o quarto onde estiver o terrário não apanhar iluminação natural (importante nunca apanhar luz directa), neste caso não é necessária qualquer tipo de iluminação ou lâmpadas (possível queimadura se estiver no interior do terrário).

Substrato: Papel de cozinha ou jornal é o ideal, pelo menos enquanto pequenas pois é prático e seguro para a cobra. Em animais adultos podemos utilizar bark, casca de pinheiro, aspen, faia, etc. 

Terrário: Enquanto são pequenas podem e devem ficar num faunario de 40/50cm para não stressar durante 1 a 2 anos, com tocas, troncos ou lianas, plantas artificiais e uma vasilha com agua. Em adultas um terrário de 80x50x50cm no mínimo será o ideal.


Temperatura: Sendo animais de sangue frio precisam de se termoregular para digerir e viver confortavelmente. No lado quente deve estar a 30ºC enquanto bebés e 32ºC em adultas, que deverá ser 1/3 a metade do terrario no máximo, O lado frio pode ficar á temperatura ambiente. O aquecimento deve ser feito exclusivamente com um tapete de aquecimento ou cabo de aquecimento sempre ligados a um termóstato ou regulador de potência para não sobreaquecer o animal, sendo necessário ir verificando com um termómetro.

Humidade: A humidade local é geralmente boa para estes animais (+-60%), devemos ter em especial atenção borrifar de modo a aumentá-la na altura da muda da pele para cerca de 80%.

Hábitos: É uma cobra terrestre, no entanto irá desfrutar da vegetação e trepar todos os troncos graciosamente.

Períodos mais importantes: 
Chegada do animal: não devemos pegar nem alimentar na primeira semana de chegada.
Muda de pele: a pele nos repteis não cresce, daí a fazerem mudas de pele normalmente mensais, devemos aumentar a humidade e verificar se a pele saiu na integra. É geralmente fácil detectar esta fase pois o animal mantém se mais tempo escondido, a pele fica baça e os olhos azulados.
Período pós alimentação: Após alimentar a cobra, não devemos manuseá-lo durante 3 dias, ou até digerir e defecar, caso contrario poderá regurgitar o alimento e ter sérios problemas de saúde.

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Manutenção de Cobra do milho (Pantherophis guttatus guttatus)
por Cristóvão Cardoso
Introduçao: As cobras do milho, são das serpentes mais belas e fáceis de manter em cativeiro de todo o mundo, podemos encontrar hoje em dia variadíssimas fases e mutações com cores e padrões diferentes devido a cruzamentos e refinamentos genéticos, sendo hoje em dia possível ter uma a um preço acessível.
Distribuição geográfica :Estas serpentes são originarias da América, mais concretamente desde o sul dos Estados Unidos até á Florida.
Nome cientifico: Pantherophis guttatus guttatus

Esperança de vida: longevidade máxima de 20 anos

Tamanho: 1,5 metros, podendo haver variações (as fêmeas geralmente são maiores que os machos)

Dieta: Enquanto bebés devem comer pinkies(ratos recem nascidos), um exemplar a cada 5 dias será mais que bom. Ir aumentando o tamanho do rato á medida que a cobra vai crescendo é essencial, devemos dar um rato com 1,5vezes a parte mais grossa da cobra, ou então um rato que pese 10% do peso da cobra. Com a cobra já com algum tamanho (1ano de idade +-) devemos alimentar apenas uma vez por semana e quando a cobra for adulta de 10 em 10dias ou de duas em duas semanas deverá ser suficiente. O ideal será variar a alimentação ao máximo sendo hoje em dia fácil comprar alimento congelado (ratos de laboratório, ratazanas domesticas, ratos de benin, hamsters, gerbos, etc).
Temperamento: Normalmente são animais calmos e se fácil manuseio, podendo ser mais ariscas enquanto bebés, mas raramente mordem e não são venenosas nem a mordidela é muito dolorosa. No entanto não deve ser mantido mais que um animal no mesmo terrario por possibilidade de canibalismo, entre outros factores.
Iluminaçao: Sendo animais nocturnos vão ser mais activos ao anoitecer. Basta uma lâmpada normal ligada 12 horas por dia para fazer o ciclo dia-noite, isto se o quarto onde estiver o terrário não apanhar iluminação natural (importante nunca apanhar luz directa) 

Substrato: Papel de cozinha é o ideal, pelo menos enquanto pequenas pois é prático e seguro para a cobra. Em animais adultos podemos utilizar bark, casca de pinheiro, aspen,etc. 

Terrário: Enquanto são pequenas podem e devem ficar num faunario de 40/50cm para não stressar durante 1 a 2 anos, com tocas, troncos ou lianas, plantas artificiais e uma vasilha com agua. Em adultas um terrário de 80x50x50cm no mínimo será o ideal.

Temperatura: Sendo animais de sangue frio precisam de se termoregular para digerir e viver confortavelmente. No lado quente deve variar entre 28º-30ºC que devera ser 1/3 a metade do terrario no máximo,e o lado frio pode ficar á temperatura ambiente. O aquecimento deve ser feito exclusivamente com um tapete de aquecimento ou cabo de aquecimento sempre ligados a um termóstato ou regulador de potencia para não sobreaquecer o animal.
Humidade: A humidade local é geralmente boa para estes animais, devemos ter em especial atenção borrifar abundantemente de modo a aumentá-la na altura da muda da pele.
Hábitos: É uma cobra terrestre/semi-arborícola , no entanto irá desfrutar da vegetação e trepar todos os troncos graciosamente.

Períodos mais importantes: 
Chegada do animal: não devemos pegar nem alimentar na primeira semana de chegada
Muda de pele: a pele nos repteis não cresce, daí a fazerem mudas de pele normalmente mensais, devemos aumentar a humidade e verificar se a pele saiu na integra. É geralmente fácil detectar esta fase pois o animal mantém se mais tempo escondido, a pele fica baça e os olhos azulados.
Período pós alimentação: Após alimentar a cobra, não devemos manuseá-lo durante 3 dias, ou seja, ate digerir e defecar, caso contrario poderá regurgitar o alimento e ter sérios problemas de saúde.

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Manutenção de Gecko leopardo (Eublepharis macularius)
por Cristóvão Cardoso
Introdução
Estes simpáticos lagartos, são repteis e como tal não gostam de ser incomodados pelos donos e não vão gostar de festas e carinho por parte dos mesmos, são animais que toleram geralmente bem o manuseamento e que reconhecem o dono mas vivem bem sem serem pegados. São animais que preferem estar sozinhos no seu terrario sem companhia, mas podemos ter duas fêmeas juntas (nunca machos ou casais) sem qualquer problema. Estes geckos são animais nocturnos, terrestres e têm longevidade máxima de 20anos.

Terrário
Estes animais são provenientes do deserto da Índia e Paquistão, onde NÃO há areia, que ingerida pode provocar impactaçao e posteriormente a morte. Os solos são argilosos, e em cativeiro a melhor maneira e mais higiénica de simular, é usando papel de cozinha ou jornal como substracto. Um terrario de 60*40*30 chegará para um a dois animais, mas se possível um pouco maior. Poderão ser inseridos no terrario troncos e pedras grandes como xistos, mas são opcionais o essencial serão duas tocas (uma lado quente e uma lado frio) e uma toca húmida para as mudas de pele, ao centro que poderá ser apenas um taperware com um buraco e húmus ou musgo la dentro. Também é essencial 3 taças/comedouros, um com comida viva, outro com agua e outro com cálcio. Enquanto bebés e ate sub-adultos um faunario será a melhor opção e depois o dito terrario definitivo.

Aquecimento 

Sendo animais de sangue frio necessitam de aquecimento para se termoregularem e poderem digerir os alimentos, tanto faz ser lâmpada de cerâmica, cabo ou tapete de aquecimento, sempre ligado a termóstato ou reóstato para controlar a temperatura e ir verificando através de um termómetro (30 a 32º na parte quente que deverá ser 1/3 do terrario)


Iluminação 

Sendo nocturnos não necessitam de lâmpadas especiais, apenas de luz natural (um quarto com os estores abertos será suficiente) para ter o ciclo dia/noite. Caso a divisão da casa que vai albergar o terrario seja escura ou apanhe pouca iluminação, uma lâmpada normal de baixa potência serve para o efeito (12horas diárias).


Alimentação 

Quanto á alimentação deve ser o mais variada possível, sendo baseada apenas em insectos, tais como tenébrio, grilos, baratas, zophobas, larvas de buffalo, gafanhotos, etc, que podem ser encontrados facilmente em lojas de animais.

Manuseamento 

Estes geckos, aceitam ser manuseados pelo dono se forem habituados desde pequenos, mas desde que não se abuse, uns minutos diários serão suficientes, não esquecer que não gostam de ser manuseados apenas o toleram, como tal deve se evitar stressar o animal andando a expo-lo e a sujeitá-lo as temperaturas frias de casa completamente diferentes do clima do seu terrario desértico. Na 1ª semana da chegada do animal é importante não o incomodar para nada e manter as temperaturas estáveis, visto que será o seu período de adaptação e não deverá comer nesta altura. Nunca agarrar pela cauda que tal como em muitos lagartos, esta pode soltar-se.

Higiene 

Os repteis são animais muito asseados, geralmente defecando sempre no mesmo sitio o que pode facilitar a limpeza. É aconselhada uma limpeza semanal do terrário assim como substituição do papel de fundo que contem as fezes.

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